3 lições sobre dinheiro

Dinheiro & Liberdade #004

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Hoje, gostaria de compartilhar algumas lições valiosas sobre dinheiro que adquiri ao longo dos anos.

E não falo de livros ou cursos. Falo de aprendizados práticos, da “escola da vida”, como se diz.

Aos 35 anos, posso dizer que acumulei alguns bons anos de aprendizados. Seja por desafios próprios ou através das centenas de pessoas com as quais já sentei para um café e falar de finanças.

Esses são aprendizados que sei hoje, mas gostaria de ter aprendido antes.

Espero que essas 3 lições possam ser úteis para você, independentemente da sua idade ou fase da vida.

1. O melhor investimento é sempre em você.

Aprendizado é o que fica.

Ainda que eu não tenha a intenção de ordenar essa lista por importância, esta primeira lição eu destaco como a mais relevante.

Já presenciei muitas situações em que pessoas que estavam apenas começando a guardar e investir algum dinheiro depositavam muitas esperanças em mudar de vida investindo.

Não é por nada que a gente vê tanta gente por aí vendendo cursos de trade ou fórmulas mágicas para o enriquecimento.

Mesmo para aqueles que não necessariamente caem em contos do vigário como esses, é importante colocarmos as coisas em seus devidos lugares.

A menos que estejamos recebendo uma grande herança, a verdadeira riqueza só vem do trabalho, no que produzimos através dele. O restante, o que vem a partir daí, serve para acelerar ou alavancar nosso processo.

Não há investimento de qualquer natureza sem que antes haja o capital.

E não há capital se não há trabalho, alguma geração de valor que saia de nossos esforços e tempo, somados à nossa capacidade intelectual e habilidades, sejam elas técnicas (hard skills) ou comportamentais (soft skills).

Em resumo, até que você tenha um arsenal de capacidades e habilidades e efetivamente gere valor para outras pessoas, você precisa trabalhar para construir você mesmo.

Você precisar investir em si mesmo para construir sua versão que resolve demandas latentes da sociedade e é bem remunerada por isso.

Você pode fazer isso de maneiras potencialmente mais seguras, que te asseguram uma remuneração fixa.

Ou você pode fazer de uma maneira em que tome maior risco, contrate outras pessoas e quem sabe garanta cheques maiores.

Em nenhuma delas, porém, você estará isento de arregaçar as mangas e produzir valor.

Em todas elas, quanto mais conhecimento, mais habilidades, mais network e mais credibilidade você agregar ao mercado, mais fácil será sua caminhada.

Portanto, não tenha dúvidas:

- Se você acredita que precisa melhorar suas habilidades de comunicação e oratória: faça.
- Se você pretende melhorar suas habilidades de vendas: faça.
- Se você pretende ampliar sua inteligência emocional: faça.
- Aprender inglês pode mudar seu jogo? Apenas faça.

Esses são investimentos que ficam conosco pra sempre. Ninguém nos tira.

Contanto que você não se complique financeiramente para atingir esses avanços pessoais, não exite.

Eu não me arrependo nem um pouco de ter me dedicado para:

- aprender inglês;
- me tornar menos introvertido e minimamente “comercial”;
- aprender um tanto além do que a média dos profissionais da minha área consideram satisfatório.

É lógico que tudo isso envolve muito esforço, mas o que eu entreguei por alguns anos pode me “remunerar” pelo resto da vida.

Pense nisso.

2. Para que realmente serve uma reserva financeira

Sua carta coringa.

Opcionalidade.

Termo mais amplamente divulgado no livro de Nassim Taleb, Antifrágil.

Aqui o aplicamos da forma mais simples possível. Opcionalidade significa ter opções, muitas opções, e se beneficiar com isso.

Olha só, o conhecimento básico sobre finanças e investimentos deixará claro a importância de uma reserva de emergência.

Aquela que “nos salva” quando temos uma situação inesperada que demanda dinheiro. Ter essa reserva nos dá maior tranquilidade e evita o uso desnecessário de endividamento.

Porém, o benefício oculto que eu acredito que a grande maioria das pessoas pouco percebe, está na construção de alternativas, de opcionalidade.

Veja essas situações:

  • mudança de empresa;

  • iniciar um novo negócio;

  • mudar de país;

  • casar;

  • ter o primeiro ou o próximo filho;

  • fazer um sabático.

Todas essas decisões, e muitas outras com certeza, passam por uma análise financeira. Uma consideração minuciosa sobre suficiência financeira para termos certeza de que não estamos entrando no buraco.

Acontece que na opinião de grande parte das pessoas, ter uma carteira de investimentos aulixia “apenas” com aqueles valores dos rendimentos mensais que ela proporciona.

Mas eu te digo o contrário.

Ela te aulixia a tomar as decisões mais importantes da sua vida a partir de ponto de vista de força, não de fraqueza.

Estamos falando de intencionalidade nas mudanças, não de reação.

Quem sai de um trabalho em busca de outro projeto pessoal com segurança financeira, o faz de maneira voluntária.

Essa pessoa está no ataque, não na defesa.

A segurança financeira permite a ela não aceitar a primeira proposta ou um projeto pouco atraente.

Ela tem um coringa na mão para fazer sua mudança de vida valer a pena.

3. Plano de gastos > Controle seus Gastos

Viver dentro das suas possibilidades é fundamental para alcançar a independência financeira. O grande desafio está em estabelecer uma estratégia clara e um método para se manter dentros dos trilhos.

O que vejo a maioria das pessoas fazer é começar pelo controle de gastos. Olha só, o controle dos gastos tem sua função.

É importante saber onde estamos gastando mais ou menos e identificar potenciais “vazamentos” financeiros.

Porém, também é onde os indivíduos mais quebram a cabeça, muitas vezes montando planilhas complexas, extremamente detalhadas mas que muitas vezes são abandonadas ao longo do caminho.

Eu entendo que a primeira coisa a se ter é um plano de gastos. Um orçamento pré-definido que já te guie nos seus gastos e investimentos mensais.

Se o controle de gastos olha o último mês ou ano pelo retrovisor para realizar ajustes, o plano de gastos é você, como piloto, olhando exclusivamente pelo para-brisas.

Exemplo de orçamento / plano de gastos.

Um dos parâmetros mais utilizados para plano de gastos é 50-30-20, em que você distribui os percentuais da sua renda conforme mostra a imagem acima.

Obviamente, você pode realizar os ajustes de acordo com a situação pessoal ou familiar:

  • Está começando tarde a poupar? Talvez precise buscar um percentual de poupança sobre a renda maior do que os 20%.

  • Já teve um bom acúmulo de patrimônio até então? Talvez possa elevar com cuidado seus gastos não-essenciais.

Os 20% dedicados à poupança e investimentos representam uma média que é capaz de levar um indivíduo a ter a possilibilidade de construir um patrimônio que o aposente com um padrão de vida similar ao que teve ao longo da carreira após cerca de 30 anos.

É o recomendado para um planejamento de aposentadoria que não dependa de INSS somente, muito menos da ajuda de familiares ou amigos na terceira idade.

Lembre-se, quando você é intencional nas suas ações, o controle posterior se torna menos relevante.

Se você se planeja para dedicar pelo menos algum percentual da renda para você mesmo, para o seu futuro, você mal precisará contar quantos Ifood pediu aquele mês ou quanto gastou em lazer.

Afinal de contas, o mais importante, que é se pagar primeiro, você já fez.

Então, você pode aliar o plano a um controle de gastos mais espaçado e saudável, parando de tempos em tempos para analisar os gastos desnecessários que tem tido bem como o crescimento do seu patrimiônio líquido.

Se você gostou de alguma das edições até aqui, não deixe de encaminhar o e-mail ou esse link para quem possa interessar.

Até o próximo sábado!

André Pauletto

👀 O que vi e ouvi de melhor essa semana 🎧

🎵 Michael Kiwanuka - Cold Little Heart (ouvindo enquanto escrevo a News) - link


📖 Lemlist - Personal Branding School - link

Concluí que Personal Branding é uma das melhores formas de alavancar nossos resultados pessoais. Em última instância, construirmos nosso próprio nicho. Esse curso está me ajudando a criar essa estratégia pela via do Linkedin.

👀 Yellowstone (assistindo no Netflix) - link

Depois de ter terminado Magnatas do Crime no Netflix, começamos Yellowstone e, apesar de não ter nem terminado a primeira temporada ainda, já to gostando bastante.


Que série você tem assistido por aí?