Por que profissionais bem pagos não saem da corrida de ratos?

Dinheiro & Liberdade #001

Muito bem-vindo(a)!

Essa é a primeira edição da nossa newsletter e espero que dela você já possa extrair informações importantes que impactem sua vida financeira para melhor.

Hoje eu quero te mostrar porque muitos profissionais de alta renda patinam para construir riqueza.

Veja só, muitas pessoas batalham arduamente para atingir um nível satisfatório de renda.

Estudam.
Empreendem.
Tomam riscos relevantes.
E não menos importante, suam a camisa para “botar dinheiro dentro de casa”.

O grande problema é que esta é só uma parte da equação.

Você precisa entender esses erros para evitá-los.Você precisa conhecê-los para corrigir a rota quando algo não está indo bem e evitar que certas decisões te façam retroceder no "jogo da vida".

A maioria das pessoas falha na construção de renda passiva por dois motivos:

  1. Falta de informação;

  2. Não executam um planejamento claro que os mantenha no caminho da construção de riqueza e liberdade.

Não adianta apenas ganhar bem, é preciso construir riqueza.

Looking Up

Nesta edição eu vou te apresentar as 5 principais falhas dos profissionais bem remunerados que os impedem de construir patrimônio. Ao fim da leitura, você:

  • identificará os principais erros;

  • entenderá porque eles acontecem justamente com pessoas bem remuneradas;

  • terá clareza de como agir para evitá-los.

Aqui estão estão as principais falhas:

Falha #1 - Não dissociar aumento de renda de aumento de padrão de vida

Ao longo de nossas vidas, muitos de nós vemos pessoas usufruírem de um padrão elevado de vida e pensamos: “pra que tudo isso?”

  • Por que eu precisaria de um carro melhor?

  • Para que eu trocaria para um celular topo de linha a cada um ou dois anos?

Bem, como tudo nessa vida, falar é fácil, o difícil é fazer.

Numa economia onde a atenção é o novo petróleo, não ceder às tentações que nos são expostas a todo momento é uma habilidade memorável.

Em outros casos, esse aumento quase imediato de custo de vida vem justamente por estar ligado aos fatores que levaram ao aumento da sua renda, como:

  • Cargos elevados em empresas geralmente estão nos grandes centros como São Paulo, onde o custo de vida é maior;

  • Você gastou ou ainda gasta com cursos e capacitação para desenvolver seus negócios ou subir na escada corporativa;

  • Você gasta com sua imagem pessoal, buscando passar credibilidade (comum para carreiras comerciais).

Eu entendo. Cada uma das razões acima pode ter um álibi, mas é preciso cuidado para que esses fatores não o impeçam de avançar nos seus objetivos financeiros.

É fácil cair na armadilha de aumentar o estilo de vida conforme os rendimentos aumentam.

A questão é: quanto desse aumento salarial está sendo direcionado para investimentos e construção de patrimônio, e quanto está sendo gasto em luxos passageiros?

💡 Disciplina financeira é essencial para separar o aumento de renda do aumento do padrão de vida.

Falha #2 - O efeito Diderot

Denis Diderot, um renomado filósofo do século XVIII, compartilhou uma experiência pessoal que lançou luz sobre um fenômeno intrigante que hoje é conhecido como o "Efeito Diderot".

A história começa quando Diderot, um intelectual frugal, recebeu um presente inesperado: uma elegante e luxuosa bata de dormir.

Inicialmente encantado com o presente, Diderot logo percebeu que sua nova aquisição destacava-se drasticamente do restante de seus modestos pertences.

Essa discrepância o incomodou, e ele logo se viu desejando outros itens que combinassem com a qualidade e o estilo de sua nova bata de dormir.

Diderot então embarcou em uma série de compras para "atualizar" seu ambiente, adquirindo uma mesa mais elegante, tapetes mais luxuosos e outros itens que complementassem sua nova peça de roupa.

Esse erro normalmente acontece na fase em que estamos realizando as primeiras grandes aquisições de nossas vidas.

Você atingiu um novo patamar de renda e agora quer:

  • um novo carro;

  • uma reforma;

  • ou mesmo uma casa maior.

Acontece que essas e muitas outras aquisições levam à novas necessidades de consumo. O efeito Diderot é justamento isso:

💡 Uma espiral de consumo que resulta na aquisição de ainda mais bens.

Eu mesmo admito já ter sido “vítima” do efeito Diderot.

”Com uma casa nova e maior, que tal uma piscina?” ”Já que temos um ambiente novo e maior, por que não uma tv maior e uma soundbar?” ”Com esses bens de valor aqui dentro, precisamos reforçar a segurança, correto?”

E assim o seu gasto inicial se torna uma bola de neve dificil de ser interrompida.

Falha #3 - Ceder à pressão por parecer rico

O seu círculo social vai te moldar. Isso é dado. Para bem ou para mal.

E não apenas a sua rede de amigos mais íntima, mas também aquela que te atinge diariamente pelas mídias sociais.

É tudo uma questão de exclusividade. De diferenciação. Mas veja que entramos em uma comparação externa, quase uma competição contra os outros.

Afinal, de que adiantaria aquele relógio de luxo novo se ninguém o ver? É assim que pensam. Já parou para perceber como as marcas de luxo insistem em estar muitíssimo bem focalizadas nos stories e feeds das nossas redes sociais?

Fuja disso.

Novos cargos ou conquistas parecem exigir novos símbolos de sucesso. O resultado disso? Nem um pouco diferente do que ratos conseguem correndo nas suas rodinhas dentro de uma gaiola.

💡 Em um mundo onde as aparências muitas vezes superam a realidade, profissionais bem remunerados podem se sentir pressionados a manter uma imagem de sucesso financeiro, mesmo que isso signifique viver além de seus meios.

Por isso, repito: fuja disso.

Falha #4 - Não converter alta renda em ativos

Não tem como não usar o gancho da corrida dos ratos acima.

É aqui onde a maioria falha.

É aqui onde não apenas o dinheiro, mas a liberdade também fica na mesa.

💡 “Os ricos compram ativos, os pobres só tem despesas e a classe média compra passivos pensando que são ativos.”

Robert Kiyosaki, em “Pai Rico, Pai Pobre”.

Veja que, de certa forma, as falhas 1 à 3 são justamente obstáculos que ocasionam o erro número 4.

Quando sua renda flui facilmente do seu bolso para despesas fixas elevadas e um padrão de consumo descontrolado, é natural que não haja construção de patrimônio.

É isso que faz pessoas que ganham R$10 mil e conseguem poupar dormirem mais tranquilas do que profissionais que ganham mais de 30 mil reais mensais mas estão usando o cheque especial.

E eu vejo casos assim semanalmente. Há mais de 7 anos.

  • Médicos com salários mensais de quase 6 dígitos, mas nem uma reserva de emergência formada.

  • Advogados dependentes daquela “próxima causa”, que vem para aliviar as contas.

  • Empresários sem controle financeiro, que vão do céu ao inferno quando as coisas não vão tão bem no seu setor.

O que queremos evitar aqui é simples.

  1. Parar de jogar dinheiro em cima de coisas fúteis e que depreciam em valor com o tempo, como artigos de luxo, carros importados, além de comodidades exageradas, e

  2. começar a comprar ativos que crescem de valor com o tempo e/ou geram renda.

É óbvio que você pode e deve adquirir alguns dos bens que você sempre sonhou, mas cada um sabe o bolso que tem.

Comprar ativos é o que vai acelerar a conquista de alguns dos seus objetivos financeiros.

Estamos falando de:

  • possuir imóveis;

  • participações em empresas, seja listas publicamente ou não;

  • fundos imobiliários;

  • além de muitos outros investimentos financeiros.

Entre os ativos que temos a disposição para investir, vejo duas principais categorias:

  1. Ativos de crescimento ou ganho de capital: aqui temos boa parte dos investimentos que buscam uma valorização de mercado ao longo do tempo. São empresas que se destacam, conseguem inovar e gerar crescimento, ou até mesmo imóveis que se tornam mais requisitados seja por localização ou mesmo diferenciação.

  2. Ativos geradores de renda: estratégia inteligente para quem busca aumentar seus ganhos financeiros. Existem diversas opções disponíveis no mercado, cada uma com suas características e potencial de retorno. São muito usados por investidores que já estão perto da aposentadoria.

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Auxiliar investidores de alta renda na construção de seus portfólios de ativos é justamente o que faço como assessor de investimentos e sócio da Expertise Investimentos, hoje cuidando pessoalmente de uma carteira de mais de 140 milhões de reais.
Para conhecer nosso trabalho, basta responder a esse e-mail

Falha #5 - Contrair dívidas e financiamentos elevados

Queremos tudo pra ontem.

Estamos ansiosos como nunca.

E, quando se trata de dinheiro, o mercado financeiro trata de oferecer a solução para os apressados: crédito.

O crédito é essencialmente um instrumento poderosíssimo para uma economia, possibilitando a transferência de recursos entre “tomadores” e “aplicadores”.

Nas mãos erradas, porém, é como uma pá para quem já está no buraco.

Ainda mais quando falamos de uma economia que historicamente convive com inflação e juros altos.

No cenário acima, cada movimento é sensível e potencialmente perigoso.

A grande maioria dos empréstimos terá um custo efetivo maior do que os juros oferecidos por investimentos conservadores. Isto é, para esses casos, a prioridade número 1 é quitar essas dívidas.

Aqui estamos falando de financiamentos de carros e empréstimos pessoais em geral, isso para não entrar nos famigerados créditos rotativos e cheque especial.

A exceção pode ser o financiamento imobiliário, já que este é o único que pontualmente oferece um custo pelo dinheiro mais acessível.

💡 Mas fique esperto: não basta olhar os juros nominais do seu financiamento. Você precisa ter domínio e clareza de qual é o seu custo efetivo total (C.E.F.), além do indexador utilizado, como T.R. ou IPCA.

Para todos os outros tipos de crédito você deve ter um imenso cuidado.

Financiamentos excessivos, empréstimos de alto risco e o uso irresponsável de cartões de crédito podem minar rapidamente a estabilidade financeira e dificultar a construção de riqueza duradoura.

Ao reconhecer e evitar essas falhas comuns, você estará no caminho certo para alcançar a verdadeira liberdade financeira.

Lembre-se, a chave está em viver abaixo de seus meios, investir sabiamente e manter o foco em seus objetivos financeiros.

E para te ajudar com isso, a próxima edição da newsletter vai falar do tema raíz dessa newsletter, a relação entre Dinheiro e Liberdade.

Te vejo no próximo sábado, com nossa edição 02.

André Pauletto