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💸 Rotina Financeira Mensal
Dinheiro & Liberdade #015
Bem-vindo(a) a mais uma edição da nossa newsletter!
Hoje quero falar contigo sobre o caminho percorrido pela sua renda desde o exato momento em que ela cai na sua conta.
É engraçado como cada pessoa lida diferente com o dinheiro.
Anteontem recebi uma pessoa para uma primeira reunião sobre a carteira de investimentos dele. Ele é uma recomendação de um cliente meu.
Ambos mudaram seu atendimento na XP para minha assessoria pois se sentiam esquecidos pelo assessor anterior.
Mas fora a razão pelas quais eles buscaram uma mudança no aconselhamento sobre investimentos deles, eu me interessei sobre como o cliente recomendado diz lidar com o dinheiro.
Na verdade, ele simplesmente não sabe lidar. É daquele tipo de indivíduo que precisa dar um destino rápido para o dinheiro que tem em conta, senão ele "torra".
Fica comigo que no texto de hoje eu vou te ensinar:
- Como criar a disciplina necessária para aportar frequentemente;
- Como gastar dinheiro da maneira mais eficiente;
- Como remover ruídos e não titubear na hora de investir.
O propósito é essencial
O exemplo do investidor com quem conversei essa semana é clássico.
São muitas as pessoas que dizem "não poderem ver" dinheiro na conta que já o gastam.
Por isso é que considero tão importante ter um propósito claro com o crescimento do seu patrimônio.
Crescer uma carteira de investimentos não costuma ser um propósito por si só. Ter um dígito a mais na sua conta da corretora não será suficiente para discipliná-lo o suficiente.
Você precisa atribuir sonhos ou alguma mudança de vida importante para que possa executar sua estratégia de investimentos sem titubear.
O ser humano é movido pela dor ou pelo desejo.
Muitos estão já tão cansados da rotina estressante do trabalho que querem justamente uma válvula de escape.
Outros sonham com grandes aquisições, viagens, etc.
Seja qual for sua motivação, tenha ela muito clara na sua cabeça. Revisite-a com frequência.
É muito comum vermos investidores iniciarem a carteira com um objetivo de médio/longo prazo, para logo se sentirem atraídos por outras aquisições ao longo do caminho.
- Carros;
- Viagens;
- Reformas.
Veja só, nem de longe tenho o intuito de ditar o que é certo ou errado com relação ao gasto de cada um, mas é fato que é muito mais difícil atribuirmos valor àquilo que será conquistado apenas num futuro mais distante.
É como tudo na vida. Querer saúde e um corpo forte, estético e saudável é simples, o difícil é "sobreviver" a todas as tentações do dia a dia.
Você sonha com um físico atrativo e a disposição de um atleta em algum momento (desconhecido) do futuro.
Já o hamburguer ou pizza te prometem e entregam o prazer imediato.
Com as finanças não é diferente.
Só quem tiver um propósito claro criará a disciplina necessária.
E quem tiver disciplina, terá a oportunidade de assistir o "milagre" dos juros compostos de camarote, pois tempo e aporte são cruciais para construir uma carteira de investimentos.
Como gastar seu dinheiro
Parece bobo, mas você precisa aprender a gastar.
Nas Ciências Econômicas, escassez é um termo comumente utilizado. Toda decisão econômica só é econômica devido ao ambiente de escassez.
Nas suas finanças pessoais não é diferente.
Vamos extrapolar nos exemplos para que fique claro:
- Existem bilionários, como Luiz Barsi e Warren Buffet, que não andam nos carros mais luxuosos, nem se tornaram outdoors de marcas de grife.
Mais uma vez, o exemplo é levado ao extremo para tomarmos consciência. Você não precisa copiá-los (até porque presumo que nem eu nem você somos bilionários).
O que importa que é você tenha uma boa noção do que o seu bolso suporta. Se ele suporta trocar seu iphone por um novo a cada ano e você dá valor a isso, siga em frente.
Mas quantas pessoas não adquirem tantos bens sem as condições financeiras necessárias? Falamos disso na edição 13: “Você não está tão mal assim”.
E como saber então se as aquisições cabem no teu bolso?
Minha visão sobre isso é mais pragmática.
Ela inicia no primeiro tópico dessa newsletter. No meu objetivo de médio/longo, que no meu caso é muito voltado à maior liberdade financeira.
A liberdade não necessariamente precisa me aposentar e deixar ocioso para o resto da vida, mas sim me dar o poder de dizer não para projetos que não estejam alinhados à minha visão de vida e valores.
Então, pensa comigo:
- Se eu dou um valor imenso ao poder de dizer não e à liberdade de como aloco meu tempo, e para isso preciso de ativos que me gerem uma boa renda passiva, então eu devo priorizar cada real que eu ganho e que não é exclusivamente necessário para minha sobrevivência na busca deste propósito.
É assim que vamos pra prática:
Pagar pela minha sobrevivência -> pagar pelo meu propósito -> pagar por supérfluos.
Esse é o racional por trás da prática de "se pagar primeiro".
Agora, é importante que você tenha bom senso. Não seja 8 ou 80. Esse é meu conselho.
Não adianta você juntar cada centavo que pode na busca por um objetivo de maior prazo enquanto vive uma vida estressante e medíocre.
Não é isso.
A ideia é sobre priorização.
Para fins de aposentadoria, é indicado que dedique cerca de 15% ao longo de toda sua carreira para se aposentar com a média de padrão de vida que teve ao longo desse tempo.
Você pode manipular esse percentual conforme queira antecipar ou postergar seu objetivo. Ou mesmo pode ser necessário aumentar o percentual se você tardou em iniciar sua construção de patrimônio.
Passada essa etapa, execute o projeto no seu dia a dia.
Pague-se primeiro
Nesta altura, você já entendeu a importância que o "boleto" que representa seu futuro têm. Você deve pagá-lo todo mês, assim como paga sua conta de água e de luz.
Vamos facilitar a sua rotina financeira.
Algumas dicas:
- Calcule uma média dos seus gastos essenciais atualmente. Quantos eles representam da sua renda líquida? Tem algo passível de ajuste aí?
- Defina os percentuais do orçamento planejado. Por exemplo: 60% para as necessidades básicas, 20% para o seu futuro e 20% para compras menos essenciais.
- A partir disso, simplifique sua vida. Eu realizo a maior parte dos meus gastos em um único cartão de crédito. Assim fica bem mais fácil controlar minhas saídas de recursos a cada mês e eu ainda recebo um investback que fica investido e não pago anuidade. Utilizo o cartão da XP.
Como eu acompanho meus gastos pelo cartão em tempo real ao longo do mês, me certifico de manter minhas compras dentro do limite estabelecido no meu plano de gastos.
Quando a renda cai na conta, eu:
1. Pago as contas fixas e essenciais que não estão no cartão;
2. Pago integralmente a fatura do cartão de crédito, transformando ele num aliado;
3. Destino ao menos o percentual definido no plano de gastos para novos investimentos.
Se após isso ainda houver sobras, posso decidir entre aumentar os investimentos ou flexibilizar meus gastos naquele mês com gastos não essenciais.
O ponto crucial é não deixar valores que sobraram na sua conta após os gastos essenciais "dando sopa" na sua conta. Você pode e deve dar um destino para esse recurso, e você deve ter isso previamente definido para agir sempre que recebe sua renda.
Esse destino pode ser definido dentro dos investimentos também. Você não quer cair na inércia gerada pela dúvida de onde investir.
Sem me ater aqui à estratégia por trás (até porque são decisões do passado), eu passei o ano passado majoritariamente investindo em renda fixa brasileira e ações americanas (me expondo ao dólar) e este ano tenho consistentemente comprado renda fixa e fundos imobiliários (Fii's) na minha carteira.
O ruído é baixíssimo. Não há grandes obstáculos.
Eu reforço posições em FII's que já tenho, no máximo batendo o olho nos relatórios de alguns dos fii's que pretendo aportar no mês.
Na renda fixa apenas vou aumentando os prazos dos títulos que compro (comecei comprando prazos menores e fui escalonando).
Filtro por títulos com rating de crédito e quando possível aproveito ofertas públicas.
Pontualmente posso alterar os prazos que compro devido a movimentos dos juros futuros, mas aí já beira o preciosismo.
No fim, é assim que também procuro fazer com os clientes da assessoria.
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Espero que com essas dicas você possa também adotar uma rotina sua, que seja adaptada à sua realidade mas igualmente eficaz!
Se você gostou de alguma das edições até aqui, não deixe de encaminhar o e-mail ou esse link para quem possa interessar.
Até o próximo sábado!
André Pauletto
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Se você tem até 1 milhão de reais investidos, você pode contar com um assessor de investimentos da minha equipe e todos os especialistas da Expertise Investimentos:
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Se você tem acima de R$ 1 milhão investidos, eu tenho vagas na minha própria assessoria para auxiliá-los na sua jornada de crescimento e proteção do seu patrimônio
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