💸 O rico em apuros...

Dinheiro & Liberdade #014

Me sentei para um café com um possível investidor.

Essa é uma rotina minha, reunir-me com pessoas interessadas na assessoria de investimentos e procurar entender seus objetivos e necessidade.

No geral, são pessoas que já possuem aplicações financeiras. No entanto, no caso da última sexta-feira tive uma exceção.

O investidor vinha recomendado. É alguém de patrimônio elevado.

Duas fazendas grandes. Apartamentos e terrenos na cidade.

Mas o que o perturbava e o levou até essa reunião?

Foi exatamente isso que eu o perguntei.

A resposta?

“Não tenho mais controle sobre esse patrimônio. As fazendas não são mais lucrativas, alguns imóveis só trazem despesa e, principalmente... não tenho liquidez!”

O fato é que se esse investidor precisasse de uma fatia de seu patrimônio para fazer frente à uma emergência ou oportunidade no curto prazo, ele passaria por apuros.

Volta e meia pede auxílio financeiro para o irmão (que tem um patrimônio menor, porém com certeza melhor gerido).

É o rico que passa necessidades financeiras. Olhe em volta e não será tão difícil encontrar um exemplo.

Patrimônio não é tudo.

No caminho em direção a maior autonomia financeira, acumular ativos não responde por todas as variáveis da equação.

No caso da pessoa com quem conversei, é lógico que ele não está na pior situação possível, por mais que ele tenha ficado exposto a situações de vulnerabilidade financeira desnecessárias.

Dificil mesmo é pra quem que está correndo atrás do próximo pagamento e esse se esvai em questão de dias e não patrimônio acumulado para frente à qualquer emergência. Pior ainda quando a própria renda está sob risco ou já é inexistente.

Esses são casos mais complicados, estruturais, que envolvem capacitação, educação, mercado de trabalho e oportunidades.

Agora, para quando você tem condições de se estruturar financeiramente, é importante que o faça com ciência da função que o patrimônio e a renda tem na sua vida financeira.

O fazendeiro mesmo reconhece a inconsistência na alocação patrimonial dele.

“André, o que eu não tenho é renda suficiente. Mas “traia” eu tenho, olha aí. Isso vale muito, mas eu não usufruo. Vai ficar pros meninos.”

“Traia” é tralha. E tralha são um monte coisas, certo? No caso dele, as “traias” são os imóveis, urbanos e rurais, além dos automóveis, gado, etc.

Parece até uma maneira pejorativa de falar sobre algo que tem tanto valor e custou muito suor para conquistar.

Mas é isso, no momento o que ele tem é um tanto de insatisfação por não saber direcionar esse patrimônio para que não se tornasse “apenas” linhas e números a mais na declaração de imposto de renda.

O que ele gostaria é de estar desfrutando mais.

Do patrimônio à renda.

Não adianta só focar na busca por rentabilidade e crescimento patrimonial. Essa pode acabar se tornando uma métrica de vaidade.

O caso de realocação patrimonial foi amplamente discutido aqui num e-mail em que contei a história do desafio atual de um cliente. (Veja aqui).

Naquele caso, tratávamos mais do investimento imobiliário urbano, algo construído pouco a pouco através da aquisição principalmente de terrenos.

Além disso, o investidor neste caso ainda tem sua renda advinda da advocacia, então se torna um cenário menos alarmante do que daqueles que dependem da valorização e geração de renda de suas propriedades.

Uma gestão financeira ótima deve considerar, além da rentabilidade e crescimento, dois pontos extremamente relevantes para não apenas a perpetuidade, mas também a satisfação e desfrute com esse patrimônio.

São eles:

  • Segurança: entenda como a probabilidade da manutenção desse patrimônio ao longo do tempo.

  • Liquidez: a facilidade e velocidade com a qual você pode acessar uma parte ou a totalidade dos seus ativos.

Para otimizar a relação entre os principais atributos de um ativo, o mercado financeiro é imbatível.

Nele você consegue ser minucioso sobre como quer alocar seus recursos. Você tem controle total sobre o que prefere privilegiar para cada parte do patrimônio.

Para quem tem fazendas, que podem valer dezenas ou centenas de milhões de reais, ou mesmo empresas que detém um valor de mercado relevante, os investimentos financeiros podem ser o instrumento certo para compensar os desequilíbrios que pode haver em patrimônios familiares assim.

Por exemplo, você pode direcionar recursos da seguinte forma:

  • X% do patrimônio para um apólice de seguro de vida que proteja e a renda do titular e alavance seu patrimônio, além de servir como estratégia intocável e eficiente na sucessão;

  • X% para os objetivos de curto prazo, que devem utilizar de instrumentos como fundos de investimentos em renda fixa ou mesmo títulos como o tesouro Selic, trazendo justamente segurança e liquidez.

  • X% para uma estratégia de médio e longo prazo que diversifique o patrimônio da família, já que este está majoritariamente concentrado na cultura produzida na fazenda ou na atividade da empresa.

Esse é o poder de usar o mercado financeiro ao seu favor:

  • Você pode escolher exatamente quanto do seu patrimônio você quer com liquidez imediata e quanto em até 30 dias. Quanto quer dedicar para títulos de longo prazos que te beneficiam com maior rentabilidade.

  • Você pode escolher exatamente quanto quer ter em dólar, trazendo diversificação global para sua carteira.

  • Você pode adicionar estratégias dos mais diferentes setores do mundo, utilizando eles para complementar a forma como sua própria renda é gerada.

E tudo isso tem muito fácil execução. Funciona num clique de um botão.

Então me diga…

Você também conhece casos de pessoas que têm patrimônio elevado mas o gerem mal?

Você acredita que seu patrimônio hoje está bem alocado?

Desejo que sim. Se não, estou a disposição para ajudar.

Se você gostou de alguma das edições até aqui, não deixe de encaminhar o e-mail ou esse link para quem possa interessar.

Até o próximo sábado!

André Pauletto

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