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💸 Erros Comuns dos Investidores e Como Evitá-los
Dinheiro & Liberdade #008
Bem-vindo(a) a mais uma edição da nossa newsletter!
Investir é uma das melhores formas de construir um futuro financeiro seguro e alcançar a tão sonhada liberdade financeira, e isso você já deve ter cansado de me ouvir falar.
Acontece que mesmo aqueles que se conscientizam e iniciam um jornada de investimentos estão suscetíveis a erros. Alguns deles podem custar caro e atrasar a realização dos seus objetivos.
Na edição de hoje, vamos explorar os erros mais comuns cometidos por investidores e oferecer dicas práticas para evitá-los.
Deixar dinheiro na mesa ficou pra trás. Vamos juntos aprender a investir com mais eficiência e inteligência!
Erro 1: Falta de Planejamento Financeiro

Um dos erros mais frequentes entre os investidores é a falta de um planejamento financeiro adequado. Muitos começam a investir sem avaliar sua situação financeira atual, sem definir objetivos claros ou sem considerar um plano de contingência.
Eu falo sobre os 6 passos para a independência financeira aqui (link). E sim, neste caso a ordem dos fatores altera o produto.
Exemplo: Imagine que você decide investir R$ 10.000 em ações, mas não possui uma reserva de emergência.
Tão óbvio e tão fácil não incorrer nesse erro, não parece?
Como muita coisa na vida, “é facíl falar, difícil é fazer”.
Consequências: Se surgir uma despesa inesperada, você pode ser forçado a vender seus investimentos em um momento desfavorável, incorrendo em perdas. Além disso, pode causar estresse financeiro e dificultar a realização de objetivos de longo prazo.
Foram muitas as vezes em que eu percebi uma certa aversão à investimentos em ações por pessoas que tinham histórias assim.
Esse indivíduo utilizou um instrumento de aumento de patrimônio de longo prazo quando ainda não tinha capacidade para tal. Aí é natural que o resultado seja desfavorável e, em alguns casos, até traumático.
Dicas para evitar esse erro:
Avalie sua situação financeira atual: Faça um levantamento detalhado de suas receitas, despesas, ativos e passivos. Entenda onde você está financeiramente antes de começar a investir.
Crie uma reserva de emergência: É recomendado ter uma reserva que cubra de três a seis meses de despesas básicas. Isso proporciona segurança e evita a necessidade de vender investimentos em momentos inoportunos.
Defina objetivos financeiros claros: Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo. Isso ajuda a direcionar seus investimentos de maneira mais eficaz.
Desenvolva um plano de investimento: Elabore um plano que inclua aportes regulares, diversificação e uma estratégia clara para alcançar seus objetivos.
Erro 2: Expectativas Irrealistas

Outro erro comum é ter expectativas irreais sobre os retornos dos investimentos. A crença de que é possível enriquecer rapidamente no mercado financeiro leva muitos a tomarem decisões impulsivas e arriscadas.
O investidor que não alia o conhecimento ao bom senso em suas expectativas de retorno é o mais suscetível a golpes financeiros.
Está aí montado o cenário perfeito para as pirâmides financeiras.
Exemplo: a) Investir todo o capital em ações de uma empresa recém-lançada, esperando um retorno de 100% em poucos meses. b) Entrar em alguma “modalidade de investimento” que garanta retornos fixos e consistentes, porém muito acima da taxa de juros de referência para investimentos do tipo (Selic).
Consequências: Expectativas irreais podem resultar em desilusão, frustração e perda de capital. Investidores impacientes tendem a fazer movimentos arriscados e mal fundamentados.
Dicas para evitar esse erro:
Estude o histórico de retornos dos diferentes tipos de investimento: Compreenda que investimentos em ações, por exemplo, podem ter variações significativas em curtos períodos, mas tendem a oferecer bons retornos no longo prazo.
Entenda a relação entre risco e retorno: Investimentos mais arriscados podem oferecer retornos maiores, mas também vêm com a possibilidade de perdas significativas. Ajuste suas expectativas de acordo com seu perfil de risco.
O conhecimento financeiro de base te ajuda a criar o que chamei de bom senso.
Por exemplo, em uma economia com juros básicos de 11%, não há como nem porque alguém te oferecer 20% a.a. ou mais em investimentos (conservadores).Estabeleça metas realistas: Defina objetivos alcançáveis e tenha paciência para ver seus investimentos crescerem ao longo do tempo.
Tenha uma estratégia de longo prazo: Foque em construir riqueza ao longo dos anos, em vez de buscar ganhos rápidos.
“Investir deveria ser tão monótono quanto ver a grama crescer.”
Erro 3: Falta de Diversificação

A diversificação é uma estratégia fundamental para reduzir riscos. Muitos investidores colocam todo o seu dinheiro em um único tipo de ativo ou em uma única empresa, expondo-se a riscos desnecessários.
É comum pensar que, a certo ponto, você detém todas as informações sobre determinado investimento e este parece certeiro.
Você tem os fundamentos tão claros como a luz do dia. Parece impossível que qualquer coisa possa dar errado.
Mas, vai por mim, tudo pode dar errado. O risco mora justamente no desconhecido.
Exemplo: Investir todo o capital em ações de uma única empresa. Se essa empresa enfrentar dificuldades financeiras, o investidor pode perder uma parte significativa do seu capital.
Pense nos inúmeros casos de empresas que aparentavam ser bons investimentos mas que sofreram perdas relevantes com as adaptações dos mercados:
- Cielo (CIEL3) saiu de um topo de mercado em 2015 para valer nem 20% do valor hoje (quase 9 anos depois);
- Magazine Luiza (MGLU3) foi a queridinha da bolsa por muito tempo, e hoje acumula uma queda de quase 96% desde o seu topo há nem 4 anos.
- Blockbuster, que dominava o mercado até o surgimentos dos serviços de streaming, em especial a Netflix.
Consequências: A falta de diversificação pode resultar em grandes perdas se um único investimento não performar bem. Isso aumenta a vulnerabilidade da carteira de investimentos.
Dicas para evitar esse erro:
Diversifique seus investimentos entre diferentes classes de ativos: Considere ações, títulos, imóveis, fundos de investimento e outros ativos.
Diversifique dentro de cada classe de ativo: Por exemplo, em ações, invista em diferentes setores e empresas para reduzir o risco específico de um setor ou empresa.
Diversifique internacionalmente: Você reduzirá o risco político da carteira e de quebra adiciona uma moeda forte ao portfólio. (Veja como no meu artigo: como e porque investir no exterior)
Considere fundos de índice ou ETFs: Esses produtos oferecem diversificação automática e de baixo custo, replicando a performance de um índice de mercado.
Reavalie periodicamente sua diversificação: Certifique-se de que sua carteira permanece equilibrada e diversificada ao longo do tempo.
Erro 4: Seguir a Multidão
Muitos investidores caem na armadilha de seguir as tendências do mercado ou tomar decisões baseadas em dicas de amigos, familiares ou "gurus" do mercado. Isso pode levar a investimentos mal fundamentados e perdas.
Exemplo: Comprar ações de uma empresa apenas porque todos estão falando sobre ela e porque seu preço está subindo rapidamente, sem fazer uma análise aprofundada.
O exemplo mais “clássico” dos últimos anos é o Bitcoin. Após bater um topo de mercado em 2021 (próximo a 64 mil dólares), ele recuou forte para cerca de 18-20 mil dólares e ali permaneceu por quase 3 anos. O Bitcoin permaneceu ignorado pela maioria dos investidores de varejo nesse período.
Bastou as notícias do Halving e uma ascensão no primeiro trimestre desse ano para muitos investidores me procurarem na intenção de se posicionar.
Consequências: Seguir a multidão pode resultar em compras no topo do mercado e vendas no fundo, levando a perdas financeiras.
Dicas para evitar esse erro:
Desenvolva sua própria estratégia de investimento: Baseie suas decisões em sua situação financeira, objetivos e perfil de risco. Não siga cegamente o que os outros estão fazendo.
Faça sua própria pesquisa e análise: Antes de investir, estude a empresa, o setor e os fatores que podem impactar o desempenho do investimento.
Mantenha-se informado, mas não se deixe influenciar pelo ruído do mercado: Consuma notícias e análises financeiras de fontes confiáveis, mas filtre as informações e aplique seu próprio julgamento.
Tenha disciplina e paciência: Foque em sua estratégia de longo prazo e evite tomar decisões impulsivas baseadas em tendências de curto prazo.
Erro 5: Negligenciar a Educação Financeira

A falta de conhecimento sobre finanças pessoais e investimentos é um dos maiores obstáculos para o sucesso financeiro. Muitos investidores começam a investir sem entender os conceitos básicos ou as nuances do mercado financeiro.
Exemplo: Investir em um produto financeiro complexo sem entender seu funcionamento e os riscos envolvidos.
Consequências: Perdas financeiras e falta de aproveitamento das melhores oportunidades de investimento.
Dicas para evitar esse erro:
Dedique tempo para estudar finanças pessoais e investimentos: Existem muitos recursos gratuitos e pagos, como livros, cursos online, blogs e vídeos.
Aqui vão as recomendações que considero mais essenciais:
- A Psicologia Financeira: https://amzn.to/4cga8Nw
- O Almanaque de Naval Ravikant: https://amzn.to/3yYEyFV
- Investindo em Ações no Longo Prazo: https://amzn.to/3VEA9AYConsidere consultar um planejador financeiro ou assessor de investimentos:
Um profissional pode oferecer orientações personalizadas e ajudar a evitar erros comuns.
Erro 6: Falta de Revisão e Ajustes Periódicos

Investir não é um processo estático. Você precisar revisar e ajustar periodicamente.
Aqui o que precisamos é bom senso e equilíbrio. Você não precisa movimentar sua carteira a todo momento.
Exemplo: Um investidor que não revisa sua carteira pode acabar com uma exposição excessiva a um setor que teve um bom desempenho recentemente, mas que agora está supervalorizado.
Consequências: Sem ajustes periódicos, sua carteira pode se tornar desequilibrada, aumentando o risco e reduzindo o potencial de retorno.
Dicas para evitar esse erro:
Reavalie sua carteira regularmente: Faça revisões periódicas, pelo menos uma vez por ano, para garantir que sua alocação de ativos ainda está alinhada com seus objetivos e perfil de risco.
Aqui estamos tratando de princípios de Alocação de Ativos.
Rebalanceie quando necessário: Se um ativo ou setor se valorizar significativamente, considere rebalancear sua carteira vendendo parte desse ativo e comprando outros para manter a diversificação.
Fique atento às mudanças na sua vida financeira: Mudanças em sua situação financeira, objetivos ou perfil de risco devem ser refletidas em sua estratégia de investimento.
Monitore o desempenho dos seus investimentos: Acompanhe regularmente o desempenho dos seus ativos para identificar quando é necessário fazer ajustes.
Conclusão
Investir é uma jornada de aprendizado contínuo.
Lembre-se da célebre frase de Warren Buffet:
“Existem apenas duas regras para investir – Regra 1: Nunca perca dinheiro. Regra 2: Nunca se esqueça da regra 1.”
Ao evitar os erros comuns dos investidores, você pode melhorar a performance dos seus investimentos e construir um futuro financeiro mais sólido.
André Pauletto.
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Concluí que Personal Branding é uma das melhores formas de alavancar nossos resultados pessoais. Em última instância, construirmos nosso próprio nicho. Esse curso está me ajudando a criar essa estratégia pela via do Linkedin.
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Terminando a segunda temporada, prestes a começar a terceira. Apesar de “forçar a barra” em alguns momentos, é um seriado que tem me prendido a atenção.
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